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História da Internet
Desenvolvida pela empresa ARPA (Advanced Research
and Projects Agency) em 1969, com o objetivo de conectar os departamentos
de pesquisa, esta rede foi batizada com o nome de ARPANET.
Antes da ARPANET, já existia outra rede
que ligava estes departamentos de pesquisa e as bases militares,
mas como os EUA estavam em plena guerra fria, e toda a comunicação
desta rede passava por um computador central que se encontrava no
Pentágono, sua comunicação era extremamente
vulnerável.
Se a antiga URSS resolvesse cortar a comunicação
da defesa americana, bastava lançar uma bomba no Pentágono,
e esta comunicação entrava em colapso, tornando os
Estados Unidos extremamente vulnerável a mais ataques.
A ARPANET foi desenvolvida exatamente para evitar
isto. Com um Back Bone que passava por baixo da terra (o que o tornava
mais difícil de ser interrompido), ela ligava os militares
e pesquisadores sem ter um centro definido ou mesmo uma rota única
para as informações, tornando-se quase indestrutível.
Nos anos 1970, as universidades e outras instituições
que faziam trabalhos relativos à defesa tiveram permissão
para se conectar à ARPANET. Em 1975, existiam aproximadamente
100 sites. Os pesquisadores que mantinham a ARPANET estudaram como
o crescimento alterou o modo como as pessoas usavam a rede. Anteriormente,
os pesquisadores haviam presumido que manter a velocidade da ARPANET
alta o suficiente seria o maior problema, mas na realidade a maior
dificuldade se tornou a manutenção da comunicação
entre os computadores (ou interoperação).
No final dos anos 1970, a ARPANET tinha crescido
tanto que o seu protocolo de comutação de pacotes
original, chamado de Network Control Protocol (NCP), tornou-se inadequado.
Em um sistema de comutação de pacotes, os dados a
serem comunicados são divididos em pequenas partes. Essas
partes são identificadas de forma a mostrar de onde vieram
e para onde devem ir, assim como os cartões-postais no sistema
postal. Assim também como os cartões-postais, os pacotes
possuem um tamanho máximo, e não são necessariamente
confiáveis.
Os pacotes são enviados de um computador
para outro até alcançarem o seu destino. Se algum
deles for perdido, ele poderá ser reenviado pelo emissor
original. Para eliminar retransmissões desnecessárias,
o destinatário confirma o recebimento dos pacotes.
Depois de algumas pesquisas, a ARPANET mudou do
NCP para um novo protocolo chamado TCP/IP (Transfer Control Protocol/Internet
Protocol) desenvolvido em UNIX. A maior vantagem do TCP/IP era que
ele permitia (o que parecia ser na época) o crescimento praticamente
ilimitado da rede, além de ser fácil de implementar
em uma variedade de plataformas diferentes de hardware de computador.
Nesse momento, a Internet é composta de
aproximadamente 50.000 redes internacionais, sendo que mais ou menos
a metade delas nos Estados Unidos. A partir de julho de 1995, havia
mais de 6 milhões de computadores permanentemente conectados
à Internet, além de muitos sistemas portáteis
e de desktop que ficavam online por apenas alguns momentos. (informações
obtidas no Network Wizard Internet Domain Survey, http://www.nw.com).
História da Internet
no Brasil
A história da Internet no Brasil começou
bem mais tarde, só em 1991 com a RNP (Rede Nacional de Pesquisa),
uma operação acadêmica subordinada ao MCT (Ministério
de Ciência e Tecnologia).
Até hoje a RNP é o "backbone"
principal e envolve instituições e centros de pesquisa
(FAPESP, FAPEPJ, FAPEMIG, etc.), universidades, laboratórios,
etc.
Em 1994, no dia 20 de dezembro é que a EMBRATEL
lança o serviço experimental a fim de conhecer melhor
a Internet.
Somente em 1995 é que foi possível,
pela iniciativa do Ministério das Telecomunicações
e Ministério da Ciência e Tecnologia, a abertura ao
setor privado da Internet para exploração comercial
da população brasileira.
A RNP fica responsável pela infra-estrutura
básica de interconexão e informação
em nível nacional, tendo controle do backbone (Coluna dorsal
de uma rede, backbone representa a via principal de informações
transferidas por uma rede, neste caso, a Internet).
O surgimento de um Mercado
Comercial
No meio dos anos 80, havia um interesse suficiente
em relação ao uso da Internet no setor de pesquisas,
educacional e das comunidades de defesa, que justificava o estabelecimento
de negócios para a fabricação de equipamentos
especificamente para a implementação da Internet.
Empresas tais como a Cisco Systems, a Proteon e, posteriormente,
a Wellfleet (atualmente Bay Networks) e a 3Com, começaram
a se interessar pela fabricação e venda de roteadores,
o equivalente comercial dos gateways criados pela BNN nos primórdios
da ARPANET. Só a Cisco já tornou-se um negócio
de 1 bilhão de dólares.
A Internet está tendo um crescimento exponencial
no número de redes, número de hosts e volume de tráfego.
Outro fator primordial que existe por trás
do recente crescimento da Internet é a disponibilidade de
novos serviços de diretório, indexação
e pesquisa que ajudam os usuários a descobrir as informações
de que precisam na imensa Internet. A maioria desses serviços
surgiu em função dos esforços de pesquisa das
universidades e evoluíram para serviços comerciais,
entre os quais se incluem o WAIS (Wide Area Information Service),
o Archie (criado no Canadá), o YAHOO, de Stanford, o The
McKinley Group e o INFOSEEK, que são empresas privadas localizadas
no Vale do Silício.
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